Katherine nasceu no dia 26 de agosto de 1918 no estado da Virgínia, EUA. Aos 18 anos, se formou em Matemática na Universidade de West Virginia tendo como um dos seus mentores, o conhecido matemático William Waldron Schiefflin Claytor.
Johnson lecionou em escolas de Ensino Médio num momento, fins da década de 1930, em que o desemprego ainda era uma das consequências da Grande Depressão, iniciada em 1929. Chegou a matricular-se numa pós-graduação em Matemática, mas desistiu porque queria formar uma família naquele momento. Katherine teve três filhas, das quais cuidou sozinha após ficar viúva. Veio a casar-se novamente no final da década de 1950.
Na década de 1950, o Laboratório Langley do Comitê Consultivo Nacional para Aeronáutica (NACA) – a agência que antecedeu a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) – começou a criar mais vagas de computadores (calculadoras humanas) para mulheres afro-americanas. Katherine se candidatou e conseguiu o emprego em 1953.
Ela foi designada para a equipe de Dorothy Vaughan, primeira mulher negra a chefiar um dos departamentos do NACA. Katherine passou quatro anos analisando testes de voo, além de investigar um acidente de avião.
Johnson foi chamada para trabalhar no projeto Mercury e teve papel fundamental na nos cálculos necessários para a janela de lançamento do foguete, que foi o primeiro projeto tripulado de exploração espacial da NASA. Seu talento e genialidade na matemática a tornaram líder no cálculo de trajetórias, sendo responsável por parte dos cálculos da rota da primeira missão da Apollo 11, que levou o homem até a lua. Como salienta Igonotofsky (2017), Katherine G. Johnson além de realizar parte dos cálculos, também verificava e conferia os cálculos feitos por computadores mecânicos.
Katherine Johnson apesar de ser um gênio da matemática, teve que cavar seu espaço num ambiente que era masculino e branco. Sua teimosia e curiosidade são qualidades que fizeram com que sua genialidade pudesse ter sido notada. Não é banal mencionar que foi a primeira mulher negra a ter a autoria de artigos reconhecida na NASA.
Em 2015, recebeu a Medalha da Liberdade, a condecoração civil mais importante dos Estados Unidos. Em 2016, foi incluída na lista das 100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo pela BBC e, em 2017, a Nasa nomeou um centro de pesquisa computacional em homenagem à Katherine Johnson. Depois de trinta e três anos de trabalho e dedicação à Nasa, se aposentou em 1986. Faleceu no dia 24 de fevereiro de 2020. Felizmente, ainda estava viva na ocasião em que seus feitos foram homenageados.
Fontes
FABIANI, Mariana Gabriela. Katherine Johnson. GPET Física/Unicentro Paraná. Disponível em: https://www3.unicentro.br/petfisica/2018/03/28/katherine-johnson/. Acesso em: 17 de maio de 2023.
IGNOTOFSKY, Rachel. As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo. São Paulo: Blutcher, 2017.
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